Ilustres senhores, senhoras, senhoritos, senhoritas, crianças e crianços acompanhantes deste blog, novamente restamos por acumular várias ocasioes pelas quais passamos nos últimos 6 dias também em virtude do pouco contato com computadores.
Ainda em Arequipa, Peru, fomos conhecer o Colca Canion, mais de 1000
metros mais profundo que o famoso Grand Canion norte-americano. Lar do famoso Condor
- que de longe mais parece um urubu, pudemos presenciar um rasante do mesmo que, de fato, nos deu a certeza de que estávamos gastando os filmes de nossas câmeras fotografando uma majestosa ave -, o Colca Canion também possui montanhas cinematográficas que, de tao hollywoodianas, mais parecem aqueles cartoes postais das paredes do Midway.
Participamos também de um jantar onde presenciamos uma dança típica da cultura peruana; digo, presenciamos em parte, pois Ryan e Clara nao apenas presenciaram como participaram da manifestaçao folclória - aquela, a propósito, chegou se se vestir com as roupas típicas das dançarinas locais e dançar com o saltitante dançarino peruano.
Logo após, zarpamos para a Bolívia, onde cruzamos a fronteira até chegar em Copabacana, cidade homônima à famosa praia fluminense. O Caminho, naturalmente, cercado de fascinantes montanhas que rasgam as nuvens sem nenhuma parcimônia, mas agora com um adendo que, de tao esplendoroso, impossível é defini-lo com fotos, palavras, pinturas ou qualquer forma de manifestaçao artística: o lago Titicaca
(por favor, senhores, Google para maior informaçoes).
Chegando em Copabacana, alguns dos humildes participantes deste quinteto sentiram o baque da boa aventurança em pisar em uma terra cujos ares de receptividade permeavam cada grao de areia que se fixava em nossos calçados já gastos de tanto caminhar por estas belíssimas terras latinas. Demos logo de cara com pequenos bolivianos jogando futebol, faz
endo com que este que vos posta, atrevidamente, juntasse-se de forma entusiasta ao grupo de simpáticos futebolistas mirins.
Ainda em Copacabana, partimos de barco para a Isla del Sol, situada no Titicaca. Também nao vou me atrever a definir a esplendorosa vista dos nossos quartos e alpendres. É impossível.
Após a primeira noite, acordamos e fomos fazer a trilha do lado sul para o lado norte da ilha. 14 km no total, ida e volta. Retardamos muito a nossa caminhada em virtude das sucessivas e incessantes paisagens paradisíacas. Este que vos posta, entao, rendeu-se à popular, brega, adolescente e nao pouco fru-fru moda narcisística de tirar fotos do tipo "eu por mim mesmo". Mas só foi uma, ok?
Molhamos nossos pés no Titicaca. Um francês que estava conosco mergulho logo de sunga, dizendo que a água estava era quente.
A volta do caminho se deu por uma trilha de bodes, ovelhas, bois, vacas e porcos encontrada em meio a uma charmosíssima vila de camponeses. Caminhar meio a casas feitas de um tipo de tijolo manufaturado, com telhados de palhas e muretas de pedra sem argamassa em meio a um verde fulgurante donde pastavam animais e se encontravam as mais diversas culturas agrícolas foi excepcional. A beleza da simplicidade rural é um dos pontos fortes da ilha, que nao possui internet, motivo pelo qual este post está vindo um tanto quanto atrasado. Tivemos, inclusive, a oportunidade de cruzar em nosso caminho com uma formosa lhama branca chamada Alícia, com a qual tive a satisfaçao de tirar uma foto.
A propósito, a fauna peruana-boliviana, como já dito em posts anteriores, é das mais peculiares. Além do condor e das lhamas, conhecemos pessoalmente também as vicuñas, que mais parecem lhamas cruzadas com gazelas, as chinchilas, medonhas primas dos coelhos, burros topetudos e o melhor: várias ovelhas negras, as quais fiz questao de registrar na nossa trilha inicial à parte norte da ilha.
Saindo de lá, fomos novamente de barco para Copacabana, donde partimos para La Paz, cidade na qual este
post fora escrito e cuja entrada há uma sugestiva estátua de Che pisando em uma águia.
Agora a Lan House está fechando e eu nao quero
abusar da hospitalidade boliviana. Depois posto mais fotos. Abraços a todos.